sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

e viveram felizes para sempre..

Meu pequeno príncipe,

Questiono-me de como estarás tu. Nunca mais soube de ti desde que partiste para outro reino, para outra princesa. Talvez não fosse a tua cinderela, nem tão pouco a tua bela adormecida e por isso mesmo não tive o direito de permanecer contigo e de sermos felizes para sempre. Afinal é assim que terminam os contos de fada, ou estarei errada? Mas sim mon petit prince, nós não fomos o mais perfeito exemplo de uma história perfeita de amor, mas ambos sabiamos que podiamos ter tido um final feliz.
Nunca foi fácil compreender-te, essa tua mente real era complicada e indomável mas ao mesmo tempo acolhedora e inesquecível. Era tão fácil conviver contigo, sentir-te perto de mim e sorrir ao ver-te. Éramos tao cúmplices e eu sentia que me amavas, acreditas?
Eu também descobri que te amava, um dia. Eras tu que completavas o pedaço que faltava ao meu coração quando não estavas comigo.
Contigo percebi o que é o tempo e como ele parava. O tempo estava pegado a nós e quando não nos sentia perto não queria mexer, quase que ficava parado. Mas quando estavamos juntos, o tempo andava o mais depressa que podia, as horas eram segundos e os minutos desapareciam no meio da nossa química inesgotável.
Nunca percebi porque te foste embora e porque te deixei ir. Pegaste no teu cavalo branco e deixaste-o levar-te para outras paragens, sem me deixar sequer pegar na minha espada e lutar contra isso. Achei que era impossível, que eu não era forte o suficiente para o derrotar e para te resgatar novamente para os meus braços. Talvez tivesse toda a razao, talvez nao estivesse à altura de tão grande desafio, mas como sempre na vida, hoje acho que podia ter sido diferente.
Acreditava que teríamos um final feliz, que podiamos ter um amor inesgotável. Mas a vida dá muitas voltas e a nossa volta foi demasiado grande para a mudar, acabámos por aceitar as evidências, sem reclamar.
Tudo isto para te dizer que espero que estejas bem meu pequeno príncipe do norte, que ainda nos guardes na memória.

joaninha

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