Há outra coisa que não está certa em nós. Quando alguém desaparece da nossa vida, somos sempre apanhados desprevenidos. Sentimo-nos arrependidos de não ter passado mais tempos com ele, de não ter ido mais longe. Há pessoas, como os nossos pais, que sabemos irão morrer antes de nós. E sabemos de antemão que nos vai doer. No entanto, comportamo-nos como se as pessoas de quem gostamos fossem durar para sempre. Em vida não fazemos nunca o esforço consciente de olhar para elas como que se prepara para lembrá-las. Quando elas desaparecem, não temos delas a memória que nos chegue. Para as lembrar, que é como quem diz, prolongá-las. A memória é o sopro com que os mortos vivem através de nós. Devemos cuidar deles como da vida.Devemos tentar aprender de cor quem amamos. Tentar fixar. Armazená-las para o dia em que nos fizerem falta. São pobres as maneiras que temos para o fazer, é tão fraca a memória, que todo o esforço é pouco. Guardá-las é tão difícil. Eu tenho um pequeno truque. Quando estou com quem amo, quando tenho a sorte de estar à frente de quem adivinho a saudade de nunca mais a ver, faço de conta que ela morreu, mas voltou um único dia, para me dar uma última oportunidade de a rever, olhar de cima a baixo. Fazer as ultimas perguntas que faltou fazer, reparar em tudo o que não vi; uma ultima oportunidade de a resguardar e de a reter. Funciona.(...)"
Miguel Esteves Cardoso
7 comentários:
omg *.*
não conhecia xD
que idade tens? :)
16 também xD
conheço pois :) também és de coimbra é? xD
ja tinha lido,mas e lindo lindo lindo
Mas a Juliana tem sempre de se meter com as minhas amigas? xD
Atenção que ela ganho um concurso de literatura!
Blogger _-_Tinoco_-_ disse...
Mas a Juliana tem sempre de se meter com as minhas amigas? xD
Blogger _-_Tinoco_-_ disse...
Atenção que ela ganho um concurso de literatura!
Mas este gajo tem de ser assim tao defeciente?-.-
beijo joana*
fui eu que te mostrei :')
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